segunda-feira, 1 de outubro de 2012

His name is Robert Paulson! (O clube da luta)



Bem, como prometido, cá estou eu para escrever sobre o melhor filme produzido na década de 90.
Sim, eu disse o melhor! E por que é o melhor ? Simplesmente por unir a violência corporal, o que acabou por conquistar fãs no mundo inteiro, com severas críticas a nossa sociedade. 
O filme conta a história de Jack (Edward Norton), um jovem executivo que vive uma vida confortável, mas está cansado da mediocridade da mesma. Para piorar a situação, Jack está passando por uma terrível crise de insônia, que o obriga a procurar ajuda. Ele acaba encontrando a solução de seus problemas de sono frequentando grupos de terapia. Frequentando estes grupos, passa a conviver com pessoas bastante problemáticas, como a viciada Marla Singer (Helena Bonham Carter), com quem acaba dividindo os grupos de terapia. Em algum momento, frequentar essas terapias não bastam pra curar sua insônia. É exatamente nesse momento que Jack conhece Tyler Durden (Brad Pitt), um homem misterioso e cheio de ideias. Jack e Tyler se conhecem em um voo, onde trocam os números de telefone. Na volta pra casa, Jack descobre que seu belo apartamento, decorado com o que havia de mais moderno e sofisticado, havia sido explodido misteriosamente. Sem alternativas, faz uma ligação pedindo auxílio de Tyler, que o leva a um bar. Saindo deste antro, Tyler pede para Jack fazer algo um tanto inusitado, e muito maluco. Seu pedido é um soco! Isso mesmo, uma porrada, e o local estaria a escolha de Jack. Jack exita, mas acata ao pedido. É ali, no estacionamento de um bar, que a vida de Jack mudaria para sempre. É ali que Jack e Tyler fundam um clube de luta livre clandestino, mas pode ser  considerado um grupo de terapia também. No começo, esse clube tinha apenas um intuito: Entreter seus membros, fazer com que eles se esqueçam, por um momento que seja, das pressões da vida dentro de uma sociedade capitalista. O clube tem como uma das regras a não citação de seu nome fora daquele recinto, mas algo saí do controle, ou não, e ele acaba tomando proporções absurdas, chegando a ter uma sede em quase todas as grandes cidades dos E.U.A.
Imenso, o clube assume outra tarefa: Destruir as grandes corporações capitalistas e libertar a humanidade de suas atitudes consumistas sem limites. As críticas estão por toda parte no filme, principalmente no começo dele. David Fincher, o diretor do filme, consegue seguir quase fielmente a história do livro "The fight club", de Chuck Palahniuk. A obra como um todo, tanto o livro quanto o filme, faz críticas ao consumismo e ao fetichismo capitalista, que estão, como nos dias em que foram produzidas as duas obras, saturando a existência da humanidade. No começo da história, Jack tem uma vida medíocre, vivia para consumir o que havia de mais novo nas revistas de compras, sua alegria era essa, o único motivo pelo qual sua existência era válida. É isso que as propagandas e o fetichismo te fazem pensar, que você não é nada, que sua existência é insignificante se não comprar as últimas novidades em eletrodomésticos, se não calçar os últimos lançamentos em calçados, se não vestir as roupas que a televisão te mostra. Lembrando que o filme não diz que  consumir é proibido, apenas critica o consumo inconsciente e involuntário. A violência, é uma válvula de escape para Jack. Esse é a mesma característica de Alex, personagem de minha próxima postagem.

Bom, acho que era isso o que eu tinha pra dizer sobre este sensacional filme. Provavelmente a amanhã ou quarta feira, irei escrever sobre o filme "Laranja Mecânica", de Stanley Kubrick. 

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